quinta-feira, 24 de maio de 2012

O mutante Northstar

Capa da edição 51 do gibi 'Astonishing X-Men', que será lançada em 20 de junho e mostra o casamento do herói Northstar (Foto: AP)

Marvel entra no debate sobre união gay ao casar  o mutante NorthstarCriado em 1979, personagem passou a fazer parte dos X-Men.
Na revista lançada nesta quarta, ele pede a mão do antigo namorado.

A editora Marvel Comics, que publica as histórias em quadrinhos com alguns dos super-heróis mais populares do mundo, decidiu casar o Northstar, um personagem gay, no número que será lançado nesta nesta quarta-feira (23) nos Estados Unidos.
Na nova revista, o mutante Northstar - nome que oculta a personalidade de Jean-Paul Beauvier, um dos integrantes dos X-Men -, aparecerá de joelhos para pedir a mão de seu antigo namorado, Kyle Jinadu. O número 50 da revista "Astonishing X-Men", que oficializa o casamento de Northstar, terá também versões digitais.
O casório acontecerá na edição seguinte de "Astonishing X-Men", que sai em 20 de junho. Algumas lojas especializadas em revistas vão dar festas de casamento nesse dia, segundo a Marvel.

Desta forma, os criadores situam seus leitores diante de um dos assuntos sociais mais comentados nos Estados Unidos atualmente, o casamento entre homossexuais, que não é autorizado na maioria dos estados. O tema também ganhou evidência durante a campanha eleitoral das presidenciais, já que Obama declarou publicamente seu apoio à união entre gays.

"O universo da Marvel sempre refletiu o mundo em que vivemos através da janela e, por isso, tentamos que nossos personagens, suas relações e histórias estejam ancoradas na realidade", disse o editor-chefe da editora, Axel Alonso, em comunicado.
Segundo Alonso, as equipes de Marvel estão trabalhando há um ano para "assegurar que o casamento de Northstar e Kyle reflita essa realidade". Além do lançamento previsto para esta quarta, a Marvel também confirmou que o episódio do casamento do mutante e seu namorado também será retratado na próxima edição das aventuras X-Men, que deverá chegar ao mercado em um mês.

 O personagem Northstar se firmou como herói da Marvel em 1979, quando se tornou um dos integrantes da equipe Alpha Flight e um dos antagonistas de outros populares super-heróis. A partir de 1983, os criadores transformaram este personagem em um dos mais populares da Marvel. Nesta época, além de ter se tornado um medalhista olímpico, Northstar também aparecia como um bem-sucedido empresário.

No entanto, a identidade sexual do super-herói só foi relevada publicamente em 1992, enquanto sua aproximação com Kyle começou a partir de 2009. "Essa história é universal e está no centro de tudo o que escrevo: um poderoso amor entre duas pessoas que precisam lutar por isso e contra todo o resto", disse uma das autoras da história, Marjorie Liu, no mesmo comunicado.

 Northstar pede o namorado em casamento
(Foto: Reuters/Marvel Comics)

 

Fonte: do G1 em SP, com informações da EFE e da Reuters.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Exemplo que deveria ser seguido em Belém!

     Há lugares em que a intolerância e ignorância ainda reinam as idéias de quem o governa. Um exemplo é a cidade de Zurique, na Suíça. Lá os graffitis costumam durar menos de um dia, pois uma empresa especializada remove e limpa (imediatamente) todo e qualquer tipo de manifestação urbana: bombs, personas, stencils, tags, stickers e posters. 

    Em Belém, o graffiti perdeu espaço para os cartazes, propagandas de baratão das calcinhas, avistão, enfim os grafitis "sumiram" das ruas. E estão migrando para os lugares "acomodados e confortáveis" da galeria, perdendo totalmente sua essência, sua razão de existir, e tornando- se decoração. Arte pronta para o consumo que não discuti e não interfere na paisagem urbana. Alguns grafiteiros apropriam se da arte de rua para a construção de outra arte que não deveria mais ser chamada de grafiiti.
   Graffiti não pode ser feito porque vi em uma revista e achei bonitinho, o graffiti se propõe a discutir e a confrontar outras questões que em quatro paredes fica impossível de serem “sentidas" em uma revista.
De maneira nenhuma sou contra o graffiti ocupar outros espaços, mais é necessário que não se perca em meio o mercado capitalista, tornado se mercadoria, que caia na mesmice e perca o seu espirito contestador, modernista, pós-moderno e contemporâneo. 

  Fotos:Gabriela Domeisen

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Graffiti feito dia 12 de maio de 2012



Tenho minhas inspirações na hora da criação, e tal inspiração, vai muito mais além o que cores e tecnicas de pintura. Expresso minha experiências, gostos, informações do mundo que vivo, da minha realidade e relação com a minhas raizes e influências principalmente.
E um tema que gosto muito,são desenhos que me remetem ao nordestino e ao nortista, no caso do trabalho do ultimo sábado a inspiração foi minha avó, que Deus a tenha!E relacionei com poesias de Patativa do Assaré. No momento é o que estou lendo.
E outros autores paraenses que ainda estou em processo de criação.



Bem a base do meu trabalh é o Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré).

“De noite tu vives na tua palhoça,

de dia na roça de enxada na mão.

Julgando que Deus é um Pai vingativo,

não vês o motivo da tua pressão.


Tu és nesta vida um fiel penitente,

um pobre inocente no banco do réu.

Caboclo não guarde contigo essa crença,

a tua sentença não parte do Céu”



“Cachingando, cego e surdo

Sem ver e sem está ouvindo

pra mim não é absurdo.

Vou meu caminho seguindo.


Nunca pensei em morrer

Quem morre cumpre um dever.

Quando chegar o meu fim

Eu sei que a terra me come,

mas fica vivo o meu nome

para os que gostam de mim”





“Só canto o buliço

da vida apertada,

da lida pesada

das roças ou dos eito.

E as vez recordando

a feliz mocidade,

canto uma sodade

que mora em meu peito”





“Pobre agregado, força de gigante

escuta amigo o que te digo agora.

Para saíres da fatal fadiga

do horrível jumo que cruel

te obriga a padecer em situação precária.


Lutai altivo, corajoso, esperto

pois só verás o teu País liberto

se conseguires a reforma agrária”




“Não tenho sabença,

pois nunca estudei,

apenas eu sei

o meu nome assiná.

Meu pai, coitadinho,

vivia sem cobre

e o fio do pobre

não pode estudá”.










feira do livro