quinta-feira, 17 de maio de 2012

Exemplo que deveria ser seguido em Belém!

     Há lugares em que a intolerância e ignorância ainda reinam as idéias de quem o governa. Um exemplo é a cidade de Zurique, na Suíça. Lá os graffitis costumam durar menos de um dia, pois uma empresa especializada remove e limpa (imediatamente) todo e qualquer tipo de manifestação urbana: bombs, personas, stencils, tags, stickers e posters. 

    Em Belém, o graffiti perdeu espaço para os cartazes, propagandas de baratão das calcinhas, avistão, enfim os grafitis "sumiram" das ruas. E estão migrando para os lugares "acomodados e confortáveis" da galeria, perdendo totalmente sua essência, sua razão de existir, e tornando- se decoração. Arte pronta para o consumo que não discuti e não interfere na paisagem urbana. Alguns grafiteiros apropriam se da arte de rua para a construção de outra arte que não deveria mais ser chamada de grafiiti.
   Graffiti não pode ser feito porque vi em uma revista e achei bonitinho, o graffiti se propõe a discutir e a confrontar outras questões que em quatro paredes fica impossível de serem “sentidas" em uma revista.
De maneira nenhuma sou contra o graffiti ocupar outros espaços, mais é necessário que não se perca em meio o mercado capitalista, tornado se mercadoria, que caia na mesmice e perca o seu espirito contestador, modernista, pós-moderno e contemporâneo. 

  Fotos:Gabriela Domeisen

Nenhum comentário:

Postar um comentário